quarta-feira, 2 de julho de 2014

É compreensível sofrer as consequências dos erros passados.










É compreensível sofrer as consequências dos erros passados. Mas, e depois do livramento cristão? Por que tantas aflições mesmo sendo de Deus?
Estes e muitos outros questionamentos têm deixado muitos nascidos do Espírito perplexos.
Mas na história do povo de Israel encontramos respostas confortadoras.
Israel é uma região montanhosa. Em cada cidade antiga era costume usar montes para construir no seu topo a eira. Lembra a eira de Araúna? ( 2 Samuel 24.16 )
Pelo menos duas coisas serviam as eiras: uma para peneirar grãos. O trigo, por exemplo, era  esmigalhado juntamente com sua casca. Em seguida lançado para o alto. E o vento que soprava na colina jogava para fora a palha enquanto o trigo caía dentro da eira.
A eira também servia como Tribunal de Justiça. Os anciãos da cidade, como juízes, se reuniam lá para julgar as causas do povo em geral. Devido sua forma arredondada, todos sentavam defronte uns dos outros. As partes eram ouvidas e os anciãos decidiam.
Ora, verifica-se claramente que, no fundo, a eira era lugar de julgamento e separação.
Quem é trigo fica, quem não é, cai fora!
As lutas são enormes, mas o galardão, segundo está escrito: nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam. ( I Coríntios 2.9 )
Por conta disso o Reino de Deus é tomado por esforço e só corajosos, valentes e fortes se apoderam  dele.  (Mateus 11.12)








Aos finais de semana, a rotina de muitas mães é a mesma; visitar o filho internado na Fundação Casa. Certamente, não foi o que elas planejaram para o futuro deles, mas muitas vezes, estar ali é o sinal de uma nova chance. Quantas mães, que perderam os filhos para o tráfico e a criminalidade, queriam ter a oportunidade de poder vê-los com vida, mesmo sendo atrás das grades.
Para alguns, a visita é um ponto de contato com o mundo lá fora, distante dos muros da construção antiga da Fundação. Para outros, revê-los é aumentar a dor da ferida que continua aberta. E isso é visto em cada olhar, no coração apertado de uma mãe que não sabe quando vai poder cobrir o filho novamente na cama quentinha... Esse foi o desabafo de uma mãe que prefere não se identificar; “Eu peço para não fecharem o portão, porque ele ainda não chegou ... aí, eu lembro que ele não tá mais com a gente”. Outra mãe não esconde a dor em dizer que os cuidados que oferecia ao filho na infância eram bem diferentes dos que ele recebe hoje internado – “tava com febre dava um remedinho, quando se machucava, ganhava um beijo e tudo passava ... E agora, quem cuida dele?”
Na maioria dos casos, essas mães não têm culpa de ter os filhos internados. Eles, influenciados por outras pessoas, trilharam o caminho sombrio do crime, mas são elas que pagam o preço, diga-se de passagem, alto demais.
Na longa fila de mães, uma gestante que concorda com a revista policial –procedimento feito aos visitantes para constatar se não trazem objetos proibidos aos presos - mas se sente humilhada ao ser expor com outras mães.
Para uma parte da sociedade, esses menores infratores não têm mais jeito.


E é na contramão que o grupo de Evangelização da Igreja Universal do Reino de Deus aposta na recuperação desses adolescentes. Os voluntários abrem mão do descanso do final de semana para confortar essas famílias. “Passeio” esse que não tem preço e já faz parte da rotina.
No último sábado, além de oferecer roupas e calçados às famílias, o grupo distribuiu marmitex com feijoada na saída das visitas. Motivo de grande alegria, já que o almoço é incerto em algumas dessas casas. Para o pastor Geraldo Vilhena, responsável pelo trabalho de Evangelização na Fundação Casa de São Paulo e os voluntários da IURD, nada mais gratificante do que estar na própria folga ajudando esses lares que não sabem o que é ter paz há muito tempo.



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